Hotmail mantém sua liderança no Brasil com quase três vezes mais usuários do que o Gmail

No mundo da internet, o Gmail é tipo uma estrela de rock, sabe? Ele já é o serviço de email mais bombado em número de usuários ativos, ultrapassando o rival hotmail depois de anos só no segundo lugar. Mas se a gente foca na cena brasileira, a história é outra, meu camarada: o Hotmail tá na frente com folga e não quer largar o microfone.

De acordo com as informações da comScore, o Hotmail tem hoje 27,4 milhões de usuários no Brasil, enquanto o Gmail, coitado, tá com “apenas” 9,9 milhões. Ou seja, por aqui, a cada um usuário que dá um “aloha” no Gmail, tem quase três malucos usando o serviço da Microsoft.

Agora, se você curte essa briga de titãs dos emails, lá fora é outra história, irmão. No mundão, Hotmail, Gmail e Yahoo! Mail tão naquela disputa acirrada pelo primeiro lugar. São quase 288 milhões de usuários do Gmail, quase 286 milhões de usuários do Hotmail e quase 282 milhões de usuários do Yahoo! Mail. O Yahoo! Mail tá em terceiro também no Brasil, com sete milhões de usuários.

Esse sucesso do Hotmail aqui deve ter alguma coisa a ver com o Windows Live Messenger, o famoso “MSN”, que ainda é figurinha carimbada na nossa terra e continua fazendo sucesso com a galera, ainda mais com a integração no Windows 8. É aquele negócio, se você tem uma conta da Microsoft, o Hotmail tá lá, sempre pronto pra trocar umas ideias com você.

Mas ó, tem um jogador novo entrando no jogo, o Outlook.com. O novo email da Microsoft já tem uns 3,2 milhões de usuários, quase um terço do pessoal do Gmail, e já tá na lista dos cinco mais usados por aqui. A parada é que o Outlook.com apareceu em julho, tipo, só três meses atrás, e já tá fazendo barulho. No mundo todo, ele já tem 31 milhões de fãs.

O Outlook.com é o novo xodó da Microsoft pra brilhar no mundo dos emails. Deram uma repaginada no visual, deixaram ele mais bonito e prático, e tá funcionando, hein?

Mas ó, tem uma treta nessa história. O Gizmodo fez uns cálculos e acha que o Gmail tá mais na frente do que esses números mostram. Porque a comScore só olha o uso do email em casa e no trampo, não conta o pessoal que manda emails pelo celular ou tablet. A própria Google fala que em junho tinha 425 milhões de usuários ativos, somando a galera que usa em smartphones, tablets e PCs. Eita, parece que temos uma briga daquelas!

A evolução do ensino superior no Brasil

O ensino superior é considerado como o nível mais relevado dentro dos sistemas educativos que são adotados na grande maioria dos países do mundo nos dias de hoje. Mesmo que existam outros níveis de educação que podem ser feitos após o ensino superior, eles são considerados complementares ao terceiro grau, como é chamado em determinados países. O Ensino superior nos anos 70 mesmo em meio a conflitos e manifestações contra o regime militar, avançou. Neste post vamos falar mais sobre os cursos superiores neste período.

Características do ensino superior nos anos 70

Só para discorrer um pouco sobre esse nível de ensino, vamos falar de algumas de suas características específicas. O ensino superior geralmente é a educação que acaba sendo oferecida dentro das universidades, das faculdades, dos institutos politécnicos e também nas escolas superiores, ou qualquer outra instituição que confira grau acadêmico ou diplomas que são considerados profissionais.

Durante o ensino primário os alunos acabam tendo uma série de conteúdos que permitem com que eles sejam alfabetizados e adquiram uma visão de mundo que permita com que ele siga os seus estudos no nível médio. Este 2º grau de estudos permite com que os alunos tenham um conhecimento mais aprofundado de alguns dos principais temas necessários para que os alunos consigam trabalhar ou seguir os seus estudos.

Naquela época a tecnologia não contribuía da mesma forma que hoje, o Google além de criar o gmail entrar, também é proprietário do principal motor de busca do mundo, este que facilita o aprendizado de milhões de alunos por todo o globo.

Uma característica destes dois níveis de educação que são feitos pelos alunos, geralmente quando eles são crianças e adolescentes, é o fato de que o currículo acaba sendo definido geralmente pelo poder público, que escolhe os temas que precisam ser ensinados para os alunos. Já no ensino superior, é o aluno que escolhe o curso que ele vai fazer, que está diretamente relacionado as suas escolhas profissionais.

Durante muitos séculos o ensino superior era um privilégio para poucos. Mas com o passar das décadas ele se tornou mais acessível. Na década de 70 aconteceu uma verdadeira explosão de alunos matriculados e cursos disponíveis para o ensino superior. Durante esta década, o número de matrículas subiu de 300.000 (1970) para um milhão e meio (1980). E para acabar com os excedentes foi criado o vestibular classificatório.

Segundo estudiosos na área, a maior alteração que houve no vestibular dos anos 70 foi a inclusão da redação como parte do processo seletivo. Isso sem um estudo aprofundado que comprovasse a utilidade e/ou os benefícios da avaliação da expressão escrita num vestibular. O que só deixava latente as carências no ensino fundamental e médio, quando analisado o nível das redações corrigidas.

Outros fatores que foram observados durante os anos 70 e que acabaram contribuindo para o aumento na procura de vagas nas universidades, foi a concentração urbana mais efetiva e uma maior exigência de melhor formação para a mão-de-obra industrial e de serviços. Com isso, as pessoas começaram a procurar mais o ensino superior nos anos 70. Sendo a melhor maneira para conseguir melhores oportunidades de trabalho. O fato do ensino ser mais profissionalizante, voltado para ocupação das frentes de serviço, acabou sendo um dos aspectos marcantes da educação do período.

Claro que não posso deixar de mencionar que com mais alunos nas faculdades, com acesso ao conhecimento haveria um desenvolvimento do pensamento crítico em maior escala. Algo que não combinaria em nada com o regime militar. O que causou confronto não só no campo das idéias. Mas isso será assunto para outro post.

Programa de alfabetização no Brasil

Para que é da nossa geração a palavra MOBRAL, é conhecida, mas as novas gerações dificilmente sabem algo sobre este programa de alfabetização muito difundido nos anos 70.

O MOBRAL (Movimento Brasil Alfabetizado) foi um programa de alfabetização criado durante o governo militar peal Lei 5379 de dezembro de 1967, três anos após o golpe (1964).

O Programa de Alfabetização e seus Objetivos

O principal objetivo do MOBRAL era erradicar o analfabetismo para jovens e adultos, que na época passava dos 30%.

Não vou aqui tecer críticas anacrônicas ao programa. Pois só quem foi alvo dos métodos/objetivos do programa (Mobral) poderia criticá-lo com propriedade. Ou então quem atuou na época como professor/cordenador, claro.

O que cabe então neste post é o registro do que ele representou para os jovens e adultos que aprenderam a ler e escrever frequentando as salas de aula depois de um dia de trabalho para romper a barreira do analfabetismo funcional.

Quando falamos e pensamos no MOBRAL, temos que ter em mente as pessoas, não questões partidárias. Será besteira dizer que o programa não foi importante na época. Todos sabemos que o analfabetismo era/é um gargalo para a sociedade de qualquer época.  Neste aspecto, mesmo com suas deficiências, o programa foi válido sim.

Representou assim, a porta de entrada par ao mundo dos estudos para muitos brasileiros. O MOBRAL foi se adequando ao longo de sua existência , visando sua continuidade. Mas já nos anos 80 devido a crise econômica, os recursos utilizados na sua manutenção foram realocados para a fundação Educar em 1985, ano de seu fim.

Metodologia do Mobral

Desenvolver nos alunos as habilidades de leitura, escrita e contagem, inclusive para contar dias de vida.

Desenvolver um vocabulário que permita o enriquecimento de seus alunos;

Desenvolver o raciocínio, visando facilitar a resolução de seus problemas e os de sua comunidade;

Formar hábitos e atitudes positivas, em relação ao trabalho;

Desenvolver a criatividade, a fim de melhorar as condições de vida, aproveitando os recursos disponíveis;

Levar os alunos:

a conhecerem seus direitos e deveres e as melhores formas de participação comunitária;

a se empenharem na conservação da saúde e melhoria das condições de higiene pessoal, familiar e da comunidade;

a se certificarem da responsabilidade de cada um, na manutenção e melhoria dos serviços públicos de sua comunidade e na conservação dos bens e instituições;

a participarem do desenvolvimento da comunidade, tendo em vista o bem-estar das pessoas.

Utilizar o ensino contextualizado foi outra característica do MOBRAL, utilizado da vivência do aluno para seu aprendizado. Método também conhecido como método Paulo Freire. Porém se divergia deste por utilizar de material padronizado em todo Brasil.

E você conhecia o MOBRAL?

As melhores profissões das ultimas décadas

Diversas profissões que estão em alta nos dias de hoje sequer existiam na década de 70, mas existiam muitas atividades que começaram a despontar nesta década, e que realmente acabaram tendo uma grande importância para a década futura. Mas as atividades profissionais também acabaram sofrendo o impacto de uma série de crises que afetaram o mundo, especialmente no campo econômico. Vamos falar neste post das melhores profissões dos anos 70, considerando o cenário nacional.

De onde surgiram as melhores profissões dos anos 70

Um dos principais problemas que surgiram estavam diretamente relacionados com uma grande crise do petróleo, que acabou estourando na segunda metade, e que fez com que muitas carreiras nesta área acabassem sofrendo baixa em diversos países do mundo. Mas, no Brasil, o fenômeno foi inverso, uma vez que o país vivia o verdadeiro milagre do crescimento econômico. Com muito dinheiro sendo investido na área do petróleo, diversas carreiras acabaram entrando em alta.

Diversas empresas estatais se destacaram, dentre elas os correios que foram fundados em 1969, por conta do crescimento de vendas e entregas o sistema precisou se atualizar para possibilitar que todos os endereços pudessem receber as encomendas, os CEP’s foram muito importante e hoje podem ser facilmente verificados por meio do busca cep.

O Brasil ainda vivia na época da ditadura militar, portanto as pessoas passaram a olhar para as forças armadas como uma grande oportunidade de poder e de carreira, uma vez que as pessoas não tinham noção do tempo que iria durar o regime. Por isso, a carreira militar nunca esteve tão em alta no Brasil quanto na década de 70.

Os empregos que estavam diretamente relacionados a área da construção civil também estavam em alta, especialmente pela grande quantidade de dinheiro investido pelos militares. Infelizmente, boa parte deste dinheiro chegava através de empréstimos internacionais, que posteriormente acabaram se transformando em um grande pesadelo.

Os empregos dentro dos escritórios também começaram a crescer bastante no Brasil durante a década de 70, uma vez que diversas companhias internacionais passaram a fazer negócios com o Brasil, abrindo unidades em nosso país. Destaque para as importadoras e empresas de representações, que eram as responsáveis por trazer outras marcas para dentro do mercado nacional.

Empregos na área rural também acabaram ficando em alta, especialmente dos setores ligados a alimentação, que acabaram ganhando muito dinheiro em termos de investimentos para crescimento do negócio. Alguns setores da indústria também conseguiram se consolidar na década de 70, e muitas pessoas conseguiram boas carreiras, especialmente nas áreas de produção.

Cursos de antigamente para mulheres

Na década de 70 as mulheres começaram a passar por uma mudança significativa no seu estilo de vida. Durante séculos e mais séculos as mulheres serviam apenas como suporte dos homens. Enquanto elas tinham que ficar em casa cuidando dos filhos e preservando o seu casamento, eles passam o dia inteiro na rua, trabalhando e fazendo outras coisas que não eram questionadas devido a própria estrutura familiar da época. Mas muito mudaria ainda, o que estava por vir era uma transformação que para quem estava la pareceu lenta, mas marcou o inicio de um processo que ainda está em movimento. Não havia tantos cursos para mulheres nos anos 70, mas isso mudaria, lembrando que nessa época nem se pensava em cursos de informática para redigir emails no gmail por exemplo.

As mulheres passaram a se tornar mais independentes. As crises financeiras que atingiram o mundo durante esta década acabaram forçando as famílias a encontrarem outras alternativas para conseguir manter o sustento. Não bastava apenas os homens trabalharem para conseguir pagar as contas no final do mês. As mulheres também passaram a trabalhar, tanto dentro quanto fora de casa. Apesar de não terem o devido reconhecimento elas se tornaram grandes parceiras do orçamento doméstico.

Alguns cursos para mulheres nos anos 70

Elas também passaram a ir atrás de cursos de qualificação, com o objetivo de dominar determinada atividade para que elas conseguissem ganhar algum dinheiro extra. Mas as questões familiares ainda falavam mais alto, especialmente para os casais que tinham crianças pequenas, uma vez que o Brasil ainda não contava com muitas opções de creches públicas.

Mas começaram a surgir algumas opções de cursos que acabaram chamando bastante a tenção das mulheres, como os famosos cursos por correspondência. Hoje em dia o EAD está, cada vez mais, fazendo parte da vida das pessoas, e conta com o apoio da tecnologia, como a internet e os computadores.

Mas nos anos 70 a grande moda eram os cursos feitos por correspondência. A grande vantagem estava no fato de que todo o material era enviado diretamente para a casa das pessoas, e os cursos poderiam ser feitos sem que fosse preciso deixar o conforto do lar. Existiam diversas opções de cursos, mas a grande maioria das mulheres optavam pelos programas de corte e costura. Mas também haviam aquelas que buscavam completar os estudos normais para avançar rumo ao ensino superior.

Outro curso que era bastante popular entre as mulheres da década de 70 era o de datilografia. Muitas mulheres que conseguiam emprego nas empresas privadas eram colocadas em posições como de secretaria. E, para exercer esta atividade, era importante ter prática da digitação nas antigas máquinas de escrever, estas que posteriormente foram substituídas por computadores, e muito dessas mulheres tiveram vantagem pois já possuíam pratica na digitação.

Se gostaram do post ou tem alguma complementação sobre ele,  deixe logo abaixo nos comentários. Lembrando de um outro post sobre a estrutura familiar dos anos 70, que pode valer uma leitura. Abraços.

Geração de adolescentes e as mudanças

Quem afirma que os adolescentes dos dias de hoje se tornaram grandes problemas e que nunca antes na história do planeta eles tiveram este comportamento ou está esquecendo de muita coisa que aconteceu na sua vida ou está sendo mal-intencionado. Adolescentes sempre representaram um grande desafio para os pais, não importa a época. Na verdade o comportamento dos adolescentes nos anos 70 , não difere muito dos de hoje. Guardando as devidas proporções, claro.

Adolescentes nos anos 70 e o Cinema

Os anos 70 acabaram representando um desafio ainda maior para os pais que criavam adolescentes, uma vez que o comportamento rebelde começava a se tornar mais evidente, seguindo a tendência global, mas especialmente sob a influência dos Estados Unidos. Os adolescentes desta época passaram a ser chamados de inquietos, pois realmente extravasavam toda a energia que os jovens nesta idade costumam ter, e para você que esta com curiosidade é possível usar a calculadora prazo dias corridos. Ser rebelde estava na moda. E mais, mostrar que era o mais rebelde da turma dava status.

O cinema acabou tendo uma influência ainda maior nos jovens, pois os estúdios começaram a enxergar nos adolescentes grandes consumidores em potencial. Eles começaram a fazer produções focando justamente na experiência de ser adolescentes. Eles começaram a se ver representados em filmes como Embalos de Sábado à Noite e Grease – Nos Tempos da Brilhantina.

No Brasil, o cinema começa a se tornar mais popular e barato, por isso os jovens passaram a adotar os comportamentos que eram apresentados nos filmes. Além disso, começaram a surgir aqui também uma série de outros produtos culturais, como os discos com grandes bandas de rock, que antes demoravam muitos anos.

Apesar de todo o espírito aventureiro e também o espirito libertador da juventude, algumas outras obras de ficção começaram a retratar um lado mais sombrio dos adolescentes. As drogas também começavam a se tornar um verdadeiro problema para a sociedade, da mesma forma que as bebidas passaram a fazer parte mais frequentemente das festas dos adolescentes. O  Filme Christiane F. foi um dos fortes marcos do cinema da década de 1970, pela a exposição forte e real do cotidiano da jovem Christiane em meio a muitas drogas e prostituição. Claro que isso não deixaria de levar alguns jovens a experimentar drogas, mesmo que por curiosidade.

Nós aqui no Brasil tivemos um agravante que afetava o comportamento dos adolescentes desta época. O regime imposto pelo governo militar, os movimentos culturais e estudantis… Todo esse contexto era um fardo para uma pessoa em desenvolvimento, com suas dúvidas e incertezas. A cultura de protestar e aderir a uma corrente ideológica formaram os adolescentes nos anos 70.

Por outro lado as regras mais rígidas dentro de casa na década de 70 fazia com que os adolescentes já planejassem a sua saída de casa muito mais rapidamente do que nos dias de hoje, já que estamos vivendo a geração canguru. Com isso, os jovens adolescentes nos anos 70 acabavam casando mais cedo e partindo para a vida de casal.

Cogumelos com psilocibina curam depressão e ansiedade em uma dose

Pessoas com câncer em nível avançado e deprimidas encontraram a saída para seus problemas psicológicos em uma dose de cogumelos. É o que indica dois estudos — um conduzido pela Johns Hopkins University e outro pela New York University, que analisaram o efeito da psilocibina, componente psicotrópico dos cogumelos.

Segundo reportagem da revista Atlantic, mais de 40% das pessoas com câncer sofrem de desvios de humor, como depressão e ansiedade. Nesse cenário, muitos antidepressivos convencionais são considerados pouco eficientes. “As pessoas estão enfrentando sua própria mortalidade, seu próprio falecimento”, disse Roland Griffiths, professor na Johns Hopkins University School, e um dos líderes de um dos estudos, à revista. “Esse é um ponto muito especial e um pouco comovente da vulnerabilidade que muitas pessoas têm quando enfrentam doenças de tratamento pela vida”, conclui.

Caso você sofra de ansiedade ou depressão, aposto que após ler relatos como estes, de médicos e cientistas, você deve estar se perguntando quando conseguirá comprar, para isso aconselhemos a testar o controle emocional e não se sentir ansioso ao utilizar os rastreamento correios deste produto que promete ser uma grande revolução.

Os cogumelos, no entanto, prometem mudar esse cenário em níveis jamais vistos. Tanto o estudo da New York University quanto da Johns Hopkins University apresentaram resultados com altos índices de aceitação e os pacientes melhoraram em poucos meses.

O que dizem os estudos com psilocibina

Na Johns Hopkins participaram 51 pessoas com câncer. Metade deles teve uma pequena dose de psilocibina como controle e, cinco semanas depois, tiveram uma dose maior. A outra metade tomou primeiro uma dose grande e depois reduziu.

Seis meses depois, 78% dos pacientes foram diagnosticados como menos deprimidos e 83% se sentiam menos ansiosos. Para efeito de comparação: estudos semelhantes com antidepressivos apresentavam resultados em 40% das pessoas.

Mais do que isso, 65% dos que tomaram psilocibina foram considerados quase completamente recuperados da depressão e 57% da ansiedade.

Após os seis meses, dois terços dos participantes elegeram a experiência com a droga como uma das cinco mais significantes de suas vidas. Eles a relacionaram a mudanças positivas em suas atitudes, perspectivas e relações sociais. Mesmo entre os que sabiam que morreriam em breve, as melhoras foram claras. “As pessoas dirão ‘eu sei que estou morrendo, eu estou triste que estou morrendo, mas está OK. As coisas ficarão bem”, comenta Griffiths.

O estudo da New York University mostrou resultados similares. A pesquisa foi menor, com apenas 29 pacientes. Ela também usou niacina, uma vitamina que foi empregada como placebo. Metade tomou placebo e a outra psilocibina — depois eles trocaram de posição.

Os pacientes discutiram suas experiências em grupo. Seis meses depois, entre 60 e 80% dos participantes alegaram melhorias em relação a diferentes níveis de depressão e ansiedade, enquanto 70% disseram que o uso da psilocibina foi um dos momentos mais importante de suas vidas.

“A coisa mais impressionante para mim é que, de fato, funcionou. Eu estava muito cético”, comentou Stephen Ross, um dos líderes da pesquisa da New York University à Atlantic. “No momento em que eles [os pacientes] tomavam psilocibina, sua angústia ia embora. Isso é algo muito novo na psiquiatria — de ter uma medicação que funciona imediatamente para depressão e ansiedade e que pode durar por tanto tempo”, disse.

Os pesquisadores não sabem ao certo como a droga funciona — algo comum em substâncias que tendem a modificar a química cerebral. A psilocibina parece alterar o córtex pré-frontal, uma parte do cérebro cujo aumento de atividade tem sido associado à depressão. A substância também parece agir no uso de glutamato, um neurotransmissor que afeta o aprendizado e a memória. Uma tese é de que o componente faça uma espécie de “trauma ao contrário” ao gerar uma memória tão intensamente positiva, que afeta o paciente por meses e o faz esquecer os medos.

Embora mais de metade dos pacientes no estudo da New York University não sejam religiosos, eles associaram a experiência a algo quase místico. “Há algo de sagrado, uma reverência a essa experiência que também é acompanhada por um humor positivo, no senso de ter um coração aberto, amor ou benevolência”, comenta Ross.

Psilocibina está longe de chegar ao grande público

Apesar dos temores dos pesquisadores, não houve efeitos negativos sérios com os pacientes. Apenas 15% se sentiram nauseados e um terço experimentou paranoia temporária e pressão alta no estudo da Johns Hopkins. Já no da New York University, 28% tiveram dor de cabeça e 17% sentiram aumento de ansiedade temporária.

Apesar disso, os pesquisadores alertaram que não sugerem o uso de cogumelos no dia a dia. Alguns grupos de pessoas, com outros problemas como esquizofrenia, podem ter sua situação piorada. E em pesquisas, alguns grupos pequenos relataram que colocaram outras pessoas ou a si mesmas em risco durante a experiência.

Por outro lado, a psilocibina também já foi apontada como útil no tratamento de outros problemas como alcoolismo, transtorno obsessivo compulsivo e vício em cigarro. O componente também ajudou pessoas a se tornarem mais imaginativas e abrirem sua mente.

Apesar disso, a droga poderá levar alguns anos até poder ser prescrita para tratamentos, mesmo em casos de câncer. Isso porque ela é ilegal em muitos países, incluindo nos Estados Unidos, onde os testes foram conduzidos. “As leis atuais, não baseadas em evidência, impedem as pesquisas pelos onerosos armazenamentos e requisitos de segurança, pela dificuldade em obter financiamento e a quase impossibilidade de obter componentes restritos sem ter que produzi-los sinteticamente e altos custos”, escreveram os psiquiatras Jeffrey Lieberman e Daniel Shalev, da Columbia University.